sábado, 21 de julho de 2012

Qual a sua cor?

E se você trabalhasse em um ambiente onde em vez de ser reconhecido pelo seu trabalho, fosse reconhecido pela cor do seu partido? Isto lhe parece familiar? É incrível como que por mais que o mundo evolua algumas pessoas insistem em viver na "pré-história política" onde pertencer a este ou aquele partido faz toda a diferença.
Qual a sua cor? E dependendo da resposta pode-se passar de um mero cidadão descompromissado a alguém incontestavelmente ético na sua profissão; ou quem sabe de uma cabeça alienada para alguém com grande capacidade de tomar decisões. Exatamente assim. Como num passe de mágica. Nada é uma questão de conhecimento ou de capacidade, mas uma questão de escolha. Algo do tipo: vote no meu partido e transforme-se sem ter que mudar nada em você.
Para essa gente que faz esse tipo de política, os imprescindíveis são sempre os aduladores. E não estão nem aí para a sua dedicação. Para eles você jamais será um bom profissional se não vestir a cor do partido ao qual eles pertencem.
É por causa desse analfabetismo político que a expressão "dois pesos e duas medidas" tem ganho cada vez mais espaço nos serviços públicos.
Nem é preciso dizer que já passou do tempo de se rever esses conceitos ultrapassados e injustos. "O tempo não para" e é preciso acompanhar o tempo. Que bom seria se ninguém gozasse de privilégios no trabalho por preferir uma cor à outra; que todos tivessem direitos e deveres a cumprir. Que bom seria se bastasse ser trabalhador e humano, iguais nos sonhos e nas diferenças.
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Publicado em 04 de abril de 2011 e reeditado em 21 de julho de 2012 - porque a intolerância existe

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