sábado, 22 de maio de 2010

Hino Nacional Brasileiro (Versão Guarani)



Ouviram do Ipiranga as margens plácidas
Onhe Hendu ypiranga gui hembe Kangy’i
Ouviram-se do Ipiranga as margens calmas
De um povo heróico o brado retumbante,
Xondáro sapukai omboryryi
O grito dos guerreiros estremeceu
E o sol da Liberdade, em raios fúlgidos,
Kuaray aça oexape vy nhanderesaka
O raio do sol brilhou ofuscante
Brilhou no céu da Pátria nesse instante.
Hendy pe arai re agu’i
Brilhou no céu nesse instante
Se o penhor dessa igualdade
Openhara joo raminguá
Se o penhor da igualdade
Conseguimos conquistar com braço forte,
Jyvá mbaraete py rogueru
Conseguimos trazer com braço forte
Em teu seio, ó Liberdade,
Ne kâmy teko vy’a
Em teu seio, a paz
Desafia o nosso peito a própria morte!
Nhande poxi’a oenoi nhane mano
Nosso peito chama a própria morte
Ó Pátria amada,
Yvy hayupy
Terra amada
Idolatrada,
Nhemboete
Respeitada,
Salve! Salve!
Oúma ! Oúma!
Saúdo! Saúdo!
Brasil, um sonho intenso, um raio vívido
Pindorama nhe’em baraete overá hendy
Brasil, é a voz forte, raio reluzente
De amor e de esperança à terra desce,
Mborayu ha’e nhearô gui ywy oguejy
De amor e de esperança à terra desce
Se em teu formoso céu, risonho e límpido,
Yvá porã py tory potim açy
No céu formoso, riso e límpido,

A imagem do Cruzeiro resplandece.
Kuruxú ra’ angaa hexakã
A imagem da cruz das estrelas resplandece
Gigante pela própria natureza,
Tuixa ojegui hae oíny há’epy
Grande pela própria natureza,
És belo, és forte, impávido colosso,
Iporã, hatã há’agaa ndaovaiguái
É bonito, é forte, a imagem é imcomparável
E o teu futuro espelha essa grandeza
Tuixa ojekuaa araka’ e verã
Aparece o grande futuro
Terra adorada,
Yvy porã
Terra bonita,
Entre outras mil,
Heta va’ egui
Entre outras muitas,
És tu, Brasil,
Ndee há’e
Você é,a
Ó Pátria amada!
Yvy hayupy
Terra amada!

Dos filhos deste solo és mãe gentil,
Ko Yuy Ra’y kuery Gui xy Marangatu
Dos filhos desta terra é mãe gentil
Pátria amada,
Yvy hayupy
Terra amada,
Brasil!
Pindorama!
Brasil!
Deitado eternamente em berço esplêndido,
Onhenó Kuri peve Guarã Mondeapy
Deitado eternamente em colo da mãe,
Ao som do mar e à luz do céu profundo,
Pará Guaçu Nhedu Ha’e yuá rexakã
O som do mar e a luz do céu,
Fulguras, ó Brasil, florão da América,
Pindorama ojekuaa ve va’e “América” py
O Brasil que aparece mais na América,
Iluminado ao sol do Novo Mundo!
Oexapé kuaray yuy pyau gui
Ilumina o sol do Novo Mundo!
Do que a terra mais garrida
Pe yvy iporã ve
Terra mais bonita

Teus risonhos, lindos campos têm mais flores;
Hory, nhuu dy porã heta vé yvoty
Seus risonhos, lindos campos e mais flores
Nossos bosques têm mais vida,
Nhande ka’aguypy oi ve tekove
Em nossa floresta tem mais vida,
Nossa vida no teu seio mais amores.
Orerekove nekã my roayuve
Nossa vida em teu seio mais amamos.
Ó Pátria amada,
Yvy hayupy
Terra amada,
Idolatrada,
Nhemboete
Respeitada,
Salve! Salve!
Oúma! Oúma!
Saúdo! Saúdo!
Brasil, de amor eterno seja símbolo
Pindorama Mborayú guí que tojexauka
De amor do Brasil, que apareça
O lábaro que ostentas estrelado,
Hajukue jaxytata oexauká va’e
O pano que mostra estrelas,

E diga o verde-louro desta flâmula
Eré arapaxái hovy ko haju kue’ire
Diga o verde-louro deste paninho
Paz no futuro e glória no passado.
Vy’arã há’e aguyjevete yma guarere
Paz no futuro e glória no passado.
Mas, se ergues da justiça a clava forte,
Onhemopy’a ha’egui onhendu ratã
Mas, ergueu-se e clamou forte,
Verás que um filho teu não foge à luta,
Rexa’rã nde ra’y nonhai nherairõ gui
Verás que teu filho não fugirá da luta,
Nem teme, quem te adora, a própria morte.
Ekyjeme de rayua nemanoa
Não tenha medo, quem te adora, própria morte.
Terra adorada
Yvy porã
Terra bonita
Entre outras mil,
Mbovy he’y va’egui
Entre outras muitas,
És tu, Brasil,
Ndee há’e
Você é, a

Ó Pátria amada!
Yvy hayupy
Terra amada!
Dos filhos deste solo és mãe gentil,
Yuy ra’ygui ha’e xy marangatu
Dos filhos desta terra é mãe gentil
Pátria amada,
Yvy hayupy
Terra amada,
Brasil!
Pindorama!
Brasil!

sexta-feira, 21 de maio de 2010

A justiça no outro lado da fronteira

O Jornal Diário de Natal, na edição desta sexta-feira, 21 de maio de 2010 traz uma reportagem que nos mostra que nem só de impunidades vive o Brasil, principalmente em se tratando do erário público. Veja, na íntegra, o que diz a reportagem:

“O Tribunal de Contas do Estado (TCE) condenou dois ex-prefeitos, ontem, durante a sessão da 1ª Câmara. O primeiro caso foi uma prestação de contas referente ao 6º bimestre de 2003 da prefeitura de Lagoa D’Anta, na gestão de Germano de Azevedo Targino. O voto foi pela irregularidade, devendo o ex-gestor restituir R$ 229.192,25 diante da omissão ao dever constitucional de prestar contas, alem de multa na gradação de 10% sobre o débito atualizado.

As principais peças do processo serão enviadas ao Ministério Público Estadual para que sejam adotadas as devidas providências.

O segundo processo, referente a balancete do Fundef do exercício de 2002 da prefeitura de Santo Antônio, sob a responsabilidade de Luiz Carlos Vidal Barbosa. O voto foi pela restituição de R$ 110.655,190 pela ausência de prestação de contas e apresentação do plano de aplicação do valor de R$ 242.079,73 não utilizados para remuneração do magistério, no exercício de 2002, no pagamento de professores”.
(Ex-prefeitos condenados a devolver R$ 240 mil - Diário de Natal - 21 de maio de 2010)

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Recado aterrador sobre a tua liberdade

“... Digamos que tudo aquilo que sabes não seja apenas errado, mas uma mentira cuidadosamente engendrada. Digamos que tua mente esteja entupida de falsidades: sobre ti mesmo, sobre a história, sobre o mundo a tua volta, plantadas nela por forças poderosas visando a conquistar, pacificamente, tua complacência. A liberdade, nessas circunstâncias, não passa de uma ilusão, pois és, na verdade, apenas um peão num grande enredo e o teu papel o de um crédulo indiferente. Isso, se tiveres sorte. Se, em qualquer tempo, convier aos interesses de terceiros o teu papel vai mudar: tua vida será destruída, serás levado à fome e à miséria. Pode ser, até, que tenhas de morrer. Quanto a isso, nada poderá ser feito. Ah! Se acontecer de conseguires descobrir um fiapo da verdade até poderás tentar alertar as pessoas: demolir, pela exposição, as bases dos que tramam nos bastidores. Mas, mesmo nesse caso, também não terás muito mais a fazer. Eles são poderosos demais, invulneráveis demais, invisíveis demais, esperto demais. Da mesma forma que aconteceu com outros, antes de ti, também vais perder!”
Charles P. Freund, Editorialista do The Washington Post.