sábado, 30 de abril de 2011

Rascunhos (por Joel dos Anjos)

Não sei qual a importância para o mundo o casamento do Príncipe William com Kate Middleton; ou em que vai afetar os nossos destinos a cor do vestido que a Rainha usou durante a cerimônia...

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Ouvi de um certo deputado a seguinte frase: "O ex-governador Iberê tem muitos serviços prestados em Campestre". Será que um dos serviços prestados ao povo campestrense é a ponte sobre o Rio Jacu?...

quinta-feira, 28 de abril de 2011

28 de abril - Dia da Educação

"A principal meta da educação é criar homens que que sejam capazes de fazer coisas novas, não simplesmente repetir o que outras gerações já fizeram. Homens que sejam criadores, inventores, descobridores. A segunda meta da educação é formar mentes que estejam em condições de criticar, verificar e não aceitar tudo o que a elas se propõe." - Jean Piaget

domingo, 24 de abril de 2011

Troféu Palma de Ouro (por Joel dos Anjos)

Os municípios de Santo Antônio e Alto dos Rodrigues foram os únicos representantes do Rio Grande do Norte no IX Encontro Nacional de Secretários de Educação. Durante o evento foram agraciados com o Troféu Palma de Ouro os 100 secretários que se destacaram na elaboração de Projetos Pedagógicos que visam o pleno desenvolvimento da educação e valorização dos profissionais. O Troféu Palma de Ouro é considerado o Oscar da educação.

domingo, 10 de abril de 2011

Sede livre (por Joel dos Anjos)

Ali onde se acobardarem aqueles que receberam privilégios, ergue-te e sustenta a tua verdade. Sede livre. Mas sede livre no sentido pleno da palavra. A tua liberdade te basta para mudar o mundo.

(Como diria Dylan - Zé Geraldo)
Reflita na letra desta música.


sábado, 9 de abril de 2011

Perguntas de um operário que lê

Quem construiu Tebas, a das sete portas?

Nos livros constam os nomes dos reis.

Os reis arrastaram os blocos de pedra?

E a Babilônia tantas vezes destruída

Quem a ergueu outras tantas?

Em que casa da dourada Lima

Moravam os seus construtores?

Para onde foram os pedreiros

Na noite em que ficou pronta a Muralha da China?

A grande Roma está cheia de arcos do triunfo.

Quem os levantou?

Sobre quem triunfaram os césares?

A decantada Bizâncio só tinha palácios

Para seus habitantes?

Mesmo na legendária Atlântida, na noite em que o mar a engoliu,

Os que se afogavam gritavam pelos seus escravos?

O jovem Alexandre conquistou a Índia.

Ele sozinho?

César venceu os gauleses.

Não tinha pelo menos um cozinheiro consigo?

Felipe de Espanha chorou quando sua Armada naufragou.

Ninguém mais chorou?

Frederico II venceu a Guerra dos Sete Anos.

Quem venceu, além dele?

Uma vitória em cada página.

Quem cozinhava os banquetes da vitória?

Um grande homem a cada dez anos.

Quem pagava suas despesas?

Tantas histórias.

Tantas perguntas.


(Bertolt Brecht, 1898-1956. Perguntas de um operário que lê)

quinta-feira, 7 de abril de 2011

A constitucionalidade do piso (por Joel dos Anjos)

O Supremo Tribunal Federal manteve ontem, quarta-feira (6), por oito votos a um, a lei que criou o piso salarial nacional para professores, fixado em R$ 1.187,97 para este ano.

O STF decidiu pela constitucionalidade da lei, mas também determinou que o piso deve ser considerado como vencimento inicial. Isso significa dizer que as gratificações e outros extras não podem ser incorporados na conta do piso.

A lei do piso, promulgada em 17 de julho de 2008 e que estabelece que nenhum professor da rede pública pode receber menos que o piso nacional para uma carga horária de até 40 horas semanais, foi questionada por governadores de cinco estados - Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Mato Grosso do Sul e Ceará.

Para a maioria dos ministros a lei regulamentou um artigo da Constituição Federal, segundo a qual uma lei federal fixaria o piso salarial nacional para professores.

"Não me comove, não me sensibiliza nem um pouco argumentos de ordem orçamentárias. O que me sensibiliza é a questão da desigualdade intrínseca que está envolvida. Duvido que não haja um grande número de categorias de servidores, que não esta, que tenha rendimento de pelo menos 10, 12, até 15 vezes mais que este piso" - Disse o Ministro Joaquim Barbosa.

quarta-feira, 6 de abril de 2011

História da história

Conta-se que os três últimos desejos de Alexandre, o Grande, foram os seguintes:

Que o seu caixão fosse transportado pelas mãos dos médicos da época;

Que fosse espalhado no caminho até seu túmulo os tesouros por ele conquistados, como ouro, prata e pedras preciosas;

Que suas mãos fossem deixadas balançando no ar, fora do caixão, à vista de todos.

Um dos seus generais admirado com esses desejos insólitos, perguntou a Alexandre qual a razão desses pedidos. Eis a sua explicação: "quero que os mais eminentes médicos carreguem meu caixão para mostrar que eles não têm poder de cura perante a morte; que o chão seja coberto pelos meus tesouros para que as pessoas possam ver que os bens materiais aqui conquistados, aqui permanecem; e que minhas mãos balancem ao vento para também possam ver que de mãos vazias viemos e de mãos vazias partimos".

terça-feira, 5 de abril de 2011

Para refletir

Nós pedimos com insistência:

Não digam nunca: isso é natural!

Diante dos acontecimentos de cada dia.

Numa época em que reina a confusão.

Em que corre o sangue.

Em que se ordena a desordem,

Em que o arbitrário tem força de lei,

Em que a humanidade se desumaniza,

Não digam nunca: isso é natural.


(Indigne-se! Comova-se! Mova-se! - Bertolt Brecht)

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Qual a sua cor? (por Joel dos Anjos)

E se você vivesse em um ambiente onde em vez de ser reconhecido pelo seu nome, fosse reconhecido pela cor do seu partido? Isso lhe parece familiar? É incrível como que por mais que o mundo evolua algumas sociedades insistem em viver na "pré-história política" onde pertencer a este ou aquele partido faz toda a diferença.

Qual a sua cor? E dependendo da resposta pode-se passar de um mero cidadão sem compromisso e irresponsável a alguém incontestavelmente ético; ou quem sabe de uma cabeça alienada para alguém com grande capacidade de tomar decisões. Exatamente assim. Como num passe de mágica. Nada é uma questão de conhecimento ou de competência, mas uma questão de escolha. Algo do tipo: escolha o partido certo e transforme-se sem ter que mudar nada em você.

Para essa gente que faz esse tipo de política, os imprescindíveis são sempre os inoperantes. E não estão nem aí para a sua dedicação. Para eles você jamais será um bom profissional se não vestir a mesma cor do partido ao qual pertencem.

É por culpa desse analfabetismo político que a expressão "dois pesos e duas medidas" tem ganho cada vez mais espaço nos serviços públicos.

Nem é preciso dizer que já passou da hora de rever esses conceitos ultrapassados e injustos. O tempo não pára e é preciso acompanhar o tempo. Que bom seria se ninguém gozasse de privilégios no trabalho por preferir uma cor à outra, que todos tivessem direitos e deveres a cumprir. Que bom seria se bastasse ser trabalhador e humano, iguais nos sonhos e nas diferenças.