O governo da Indonésia decidiu que o brasileiro Marco Archer Cardoso Moreira (foto), condenado à morte por tráfico internacional de drogas será executado nas próximas semanas.
A decisão foi anunciadas anteontem pelo procurador Andi Konggoasa ao "The Jakarta Post", principal jornal em língua inglesa no país. Procurado, o Itamaraty informou que está ciente da situação e que está adotando medidas sobre o caso.
Marco será o primeiro brasileiro a ser executado em outro país - e o primeiro ocidental a ser morto na Indonésia - o país mantém cerca de 30 estrangeiros, entre eles outro brasileiro no corredor da morte - a maioria por tráfico de drogas.
A execução se dar por fuzilamento. Além dele, outros dois estrangeiros morrerão, segundo o procurador. A Indonésia não executa ninguém desde 2008.
Nascido no Rio de Janeiro e instrutor de asa-delta, Marco foi preso em 2003 ao tentar entrar com 13,4 quilos de cocaína no aeroporto de Jacarta, ainda hoje uma das maiores apreensões de drogas no país. A condenação veio em 2004: pena de morte.
O brasileiro está preso em Nusakambangan, um complexo de prisões a 430 km de Jacarta. Ele não é casado nem tem filhos. A sua mãe morreu em 2010.
Além de Archer, outro brasileiro está preso por tráfico de drogas na Indonésia. O surfista Rodrigo Gularte, 39 anos, foi detido em 2004 portando 6 kg de cocaína e condenado à morte no ano seguinte.
Ele e Archer são os únicos brasileiros condenados à execução no mundo.
Na madrugada de ontem, por telefone, em entrevista exclusiva à Folha, Archer disse que a única pessoa que pode salvá-lo é a presidente Dilma Rousseff.
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Fonte: Folha de São Paulo
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