sábado, 22 de junho de 2013

Fascínio à ditadura?


De repente fomos obrigados a reviver uma época em que o despotismo reinava absoluto no Brasil. Uma época em que não havia direito á ideia, à palavra, e o país era monopólio dos ditadores - donos de todas as vontades, que assim se consideravam como se fossem a própria consciência do povo. Uma época que deveríamos fazer questão de esquecer e não evocá-la jamais.
Mais do que desconhecer a História e o que representou para o país vinte e um anos de autoritarismo, veicular nas redes sociais a figura nefasta de um ditador, exaltando sua pseudo- honestidade é um insulto á democracia.
Quando o assunto é honestidade, o ditador-general-presidente João Baptista Figueiredo não é referência. Basta lembrar alguns casos de corrupção como o escândalo do Instituto Nacional de Assistência Médica e Previdência Social (INAMPS), o escândalo das polonetas, o caso do Grupo Delfim, entre tantos outros.
Não, não cheguemos a tanto. Não façamos de um momento que eu quero acreditar que seja de amadurecimento motivo para exaltar a ditadura e os ditadores. Sim, porque ninguém exalta o ditador sem sentir fascínio à ditadura.
Não, não confundamos os nossos jovens. Não existe honestidade na ditadura. Existe o sofisma, o engodo, a privação da liberdade, a tortura, a dor, a morte. Ensinemos aos nossos jovens que por pior que seja o momento que estejamos vivendo ele não se assemelha em nada aos vividos durante o regime ditatorial.
Exaltemos a nossa voz e o direito de gritar a nossa revolta e a nossa indignação; não exaltemos o nosso medo nem o nosso silêncio... 

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