sábado, 2 de março de 2013

África do Sul: policiais presos pela morte de moçambicano que arrastado pelas ruas

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Oito policiais sul-africanos foram presos nesta sexta-feira pela morte de um moçambicano que foi arrastado pelas ruas por um veículo da polícia. Inicialmente, os agentes foram suspensos até a conclusão de uma investigação que foi  lançada depois do surgimento de uma gravação de vídeomostrando o homem ser arrastado com as mãos algemadas na traseira de uma van policial.

A comissária da polícia Riah Phiyega agradeceu aqueles que revelaram um "comportamento inaceitável", enquanto o presidente Jacob Zuma classificou o incidente de "horrível". Os agentes presos comparecerão a uma corte de justiça em 4 de março.
Um inquérito de homicídio feito pela direção do órgão independente de investigação policial foi aberto com base nas evidências de que Macia sofreu ferimentos na cabeça e na parte superior do abdômen, incluindo hemorragia interna. As lesões podem ser decorrentes do fato de ter sido arrastado, ou ele pode ter sido espancado pelos agentes. Riah disse que a polícia também teria sua própria investigação interna.
O taxista Mido Macia, 27, morreu por causa dos ferimentos e de uma hemorragia interna depois de ser preso em Daveyton, a leste de Johanesburgo, revelou uma autopsia. Há relatos de que ele foi detido por ter estacionado seu carro em uma área que bloqueava o trânsito.
O vídeo gravado por um pedestre com um celular mostra uma multidão assistindo aos policiais uniformizados prendendo o moçambicano à van e o arrastando ao sair do local com o veículo. A revolta popular cresceu depois que a gravação foi veiculada na televisão.
A comissária Riah disse nesta sexta que compartilha "do extremo choque e indignação" contra o abuso cometido pelos policiais contra o imigrante e apoia a investigação realizada pela agência de vigilância da polícia. Os direitos de Macia foram "violados da forma mais extrema possível", disse.
O recente escândalo mina a confiança na força policial sul-africana, que espandiu suas tropas de 120 mil para 200 mil em uma década. "Lidar com 200 mil empregados nunca é uma tarefa fácil", afirmou Riah. "Sempre pode haver um incidente como esse."
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Fonte: Último segundo

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