quinta-feira, 4 de julho de 2013

Pastor Marcos tem novo pedido de habeas corpus negado



RIO — O desembargador Gilmar Augusto Teixeira, da 8ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio, negou nesta quarta-feira (03) um novo pedido de habeas corpus em favor do pastor Marcos Pereira da Silva, da Assembleia de Deus dos Últimos Dias. A defesa do pastor pretendia revogar o recebimento da denúncia ajuizada na 2ª Vara Criminal de São João de Meriti, na qual ele é acusado de estuprar uma seguidora da igreja.
Na decisão, o desembargador assinala que “a nova ação é manifestamente improcedente”. E lembra que, em 5 de junho, a 8ª Câmara Criminal negou, por unanimidade, um habeas corpus idêntico. Em nota, o TJ informou que, segundo o relator, o novo pedido não tem outro condão senão o de afrontar a coisa julgada material.
O pastor é investigado em três processos diferentes — dois por estupro e um por coação no curso do processo —, distribuídos para a 1ª e a 2ª Varas Criminais de São João de Meriti, na Baixada Fluminense.
No dia 27 de maio, o juiz da 1ª Vara Criminal de São João de Meriti também havia indeferido um pedido de liberdade provisória formulado pela defesa do pastor. O magistrado concluiu que os motivos que levaram à decretação da prisão preventiva continuavam inalterados. A decisão rechaçou ainda os argumentos da defesa de que faltaria legitimidade ao Ministério Público estadual para propor a ação penal.
Além de ter sido denunciado por dois estupros e uma coação de testemunha — por ter ameaçado uma vítima —, o pastor ainda enfrenta um inquérito em andamento na delegacia de São João de Meriti também por coação, e outro que investiga a participação do religioso no assassinato de Adelaide Nogueira dos Santos, de 25 anos. Ele chegou a ser indiciado por coagir duas testemunhas do processo sobre estupros.
Marcos Pereira ainda é investigado por associação para o tráfico, lavagem de dinheiro, além de homicídio. Outras quatro denúncias de estupro estão sendo investigadas. Segundo a polícia, o pastor Marcos também abusava de mulheres em casas de fiéis e em seu apartamento, na Avenida Atlântica, em Copacabana, avaliado em R$ 8 milhões. Foram ouvidas 30 testemunhas em um ano e, no total, outras 20 mulheres são citadas como vítimas do religioso.
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Fonte: O Globo

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