Mohammad Latif Khatana, de 32 anos, que mora em Caxemira, na Índia, não pode ver e nem trabalhar devido às deformidades em seu rosto. Ele é o caçula de dois irmãos e três irmãs e o único a sofrer dessa condição. Sem eles. ele teria vivido uma infância solitária e sem amigos. "Minha mãe ainda chora quando ela olha para mim. Ela se sente culpada e não consegue entender por que eu nasci amaldiçoado".
Um dos irmãos juntou dinheiro para poder ajudá-lo. Quando o rapaz procurou tratamento, o médico deu a notícia de que nada poderia ser feito, nem mesmo uma cirurgia, pois ela seria de grande risco.
Agora Mohammad vive com sua mulher Salima, de 25 anos, no alto das montanhas de Caxemira. Ela, grávida de sete meses, teme que seu filho nasça com o mesmo problema do marido. "Eu não vejo a hora de ser pai para ter um pouco de felicidade em minha vida. Mas me preocupo todos os dias e rezo para o meu filho não nascer igual a mim".
Mesmo se sentindo feliz com a chegada do filho, Mohammad ainda lembra as dificuldades e crueldades que passou por causa de sua condição. Ele lembrou: "uma vez algumas pessoas passaram por mim e cuspiram no meu pé. Fiquei chocado com aquilo e me senti deprimido por vários dias. Mas eu precisava superar e seguir em frente. Hoje me sinto abençoado por ter encontrado Salima, pois ele é muito boa para mim".
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