quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Livro de jornalista francesa descreve o ex-ditador Muamar Khadafi como um "predador sexual"

Um livro recém-lançado de uma jornalista francesa, descreve o ex-líder líbio, Muamar Khadafi, morto em 2011, como um predador sexual, que sequestrou e estuprou, segundo a autora, "milhares" de vítimas, inclusive homens.
Khadafi, que governou a Líbia por 42 anos, tinha uma sexualidade desenfreada, com impulsos que precisavam ser satisfeitos quatro vezes por dia. 
A jornalista Annick Cojean, repórter especial do diário Le Mond, escreveu seu livro baseado em relatos feitos por vítimas, professores, médicos e ex-colaboradores do ditador.
Cojean conta no livro Les proies - Dans le harém de Khadafi (As presas - no harém de Khadafi) que o ex-líder tinha colaboradores que procuravam garotas, e, às vezes, também meninos, em todos os lugares, como escolas casas e festas de vilarejos.
Khadafi obrigava alguns ministros a terem relações com ele para controlá-los por meio de uma espécie de chantagem.
Durante eventos, como visitas a escolas, o próprio Khadafi podia designar uma adolescente ao colocar a mão sobre a sua cabeça. Segundo a jornalista, esse era o código dirigido aos seus guardas de que ele desejava a garota, geralmente na faixe de 13 e 15 anos. Esse sinal, dado por Khadafi aos seus guardas era chamado, segundo Cojean, de "toque mágico".
"Essas jovens serviam para alimentar sua brutalidade sexual. Ele as mantinha no subsolo de sua residência e as estuprava, obrigando-as a beber, se drogar e assistir a filmes pornôs", conta Cojean.
Para Cojean, Khadafi utilizou o sexo como arma política. "Tomar as mulheres significa dominar os homens", diz ela.
O livro deverá ser lançado neste mês na Líbia. "Acho que ele provocará um choque enorme e debates no país", afirma Cojean.
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Fonte: BBC Brasil

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