Possíveis mudanças nos rumos políticos da Venezuela, caso o
presidente Hugo Chávez não tenha condições de tomar posse para o novo mandato,
não trarão consequências importantes para o Brasil, na avaliação do professor
de Ciência Política da Universidade de Brasília (UnB), Ricardo Caldas. Ele
acredita, no entanto, que eventuais alterações na condução da política
venezuelana poderão gerar impactos no papel desempenhado pelo país no Mercosul.
“Para o Brasil, [não vai haver consequência] nenhuma, afinal
a Venezuela não é sustentáculo para o país em nada. O que vai haver é um vazio
no Mercosul e dependendo de quem vier a assumir o poder, pode ser que haja um
relançamento [da nação] no bloco com uma nova face, mas isso também vai
depender de quem serão os atores [políticos no país] daqui a três, seis meses”,
disse, lembrando que as relações entre Brasil e Venezuela eram mais fortes
durante o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva do que são
atualmente, na gestão da presidenta Dilma Rousseff.
A Venezuela foi incluída no Mercosul em julho de 2012, mas a
adesão completa do país ao bloco só será concluída em 5 de abril deste ano,
devido à necessidade de adequação da nomenclatura e de normas de vários
produtos do país às definições do Mercosul. O bloco é composto por Brasil, pela
Argentina, pelo Uruguai e pelo Paraguai, que está temporariamente suspenso.
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Fonte: Agência Brasil
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