O candidato azarão para a disputa da presidência do Senado
Randolfe Rodrigues (PSOL-AP), afirma que Renan Calheiros (PMDB-AL), favorito
para a disputa, fez com que a CPI de Cachoeira acabasse em pizza para que
ganhasse votos na eleição que está marcada para a próxima sexta-feira.
No mês de dezembro, a comissão envolvendo deputados e
senadores acabou sem que nenhum suspeito fosse indiciado de estar envolvido
junto ao empresário Carlinhos Cachoeira, que teve sua condenação em primeira
instância depois de acusação de que liderava o esquema de jogos ilegais e
corrupção.
Randolfe diz que esta rejeição ao relatório foi uma obra
feita nos bastidores do Congresso exatamente na madrugada antes da votação e
teve operação direta do senador Renan Calheiros. Com isto, os partidos que
foram beneficiados com esta pizza iam dar apoio para o senador alagoano.
Randolfe utilizou o exemplo do governador do estado de
Goiás, Marconi Perillo (PSDB), que estava entre os indicados do relator, Odair
Cunha (PT), que teve o texto derrotado.
O Senador mais novo na Casa e único que representa o PSOL,
Randolfe faz comparação entre a candidatura dele com a campanha da
anticandidatura de Ulysses Guimarães para a Presidência da República no ano de
1974, contra o general Ernesto Geisel.
Renan está no Congresso há 30 anos. Foi eleito Senador em
1994 e já foi presidente da Casa por duas vezes. Na última, teve que renunciar
no ano de 2007 depois de suspeitas de irregularidades.
Na última semana, a Procuradoria-Geral da República enviou
uma denúncia contra Renan para o Supremo Tribunal Federal (STF). Ele é suspeito
de ter apresentado notas frias para que comprovasse a renda.
Mesmo saber que não tem muitas chances, Randolfe diz que
lançou o nome dele para que fosse aberto um debate das atividades do Senado.
Ele não acha normal que tendo orçamento superior a R$ 3 bilhões, o Senado tenha
eleição que deverá ocorrer nos tapetes azuis do Senado.
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Fonte: NotíciasBR
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