A Administração de Informação de Energia dos Estados Unidos
(sigla EIA, em inglês) divulgou nesta terça-feira (30), um relatório afirmando
que a China queima 47% do carvão consumido no mundo.
Em 2011, o consumo chinês de carvão subiu pelo 12º ano
consecutivo e atingiu 3,8 bilhões de toneladas. O crescimento de 9%,
equivalente a 325 milhões de toneladas, representou 87% dos 374 milhões de
toneladas que o mundo queimou a mais em 2011 em comparação a 2010.
“O crescimento robusto na demanda do carvão é um resultado
de um crescimento de mais de 200% na geração de energia elétrica desde 2000″,
afirmou a EIA em comunicado. Segundo o órgão governamental, cerca de 80% da
geração de eletricidade chinesa vem de fontes térmicas como o carvão. De 2000 a
2010, a demanda de carvão carvão no país subiu 9% em média, mais que o dobro do
crescimento do mundo no mesmo período. Sem a China, a média global foi de 1%.
A notícia piora ainda mais a imagem já negativa do governo
chinês no combate ao aquecimento global. No começo do mês, a qualidade do ar em
Pequim chegou a níveis alarmantes. O governo americano afirmou que a poluição
na capital chinesa atingiu 755 pontos numa escala de 0 a 500. A Organização
Mundial da Saúde, por sua vez, recomenda um nível diário abaixo de 20. O índice
calcula a quantidade de partículas com um diâmetro de 2,5 micrômetros no ar.
Nocivas à saúde, as partículas “PM2.5″, como são chamadas, podem causar
infecções respiratórias, doenças cardiopulmonares e câncer de pulmão.
Li Keqiang, político que assumirá o cargo de
primeiro-ministro chinês em março, afirmou no último dia 15 que a solução para
o problema “é de longo prazo”. E como. Em novembro, o Instituto de Recursos
Mundiais (sigla WRI, em inglês) divulgou uma pesquisa afirmando que a China
está planejando a construção de mais 363 usinas de carvão.
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Fonte: Blog do Planeta
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