segunda-feira, 4 de abril de 2011

Qual a sua cor? (por Joel dos Anjos)

E se você vivesse em um ambiente onde em vez de ser reconhecido pelo seu nome, fosse reconhecido pela cor do seu partido? Isso lhe parece familiar? É incrível como que por mais que o mundo evolua algumas sociedades insistem em viver na "pré-história política" onde pertencer a este ou aquele partido faz toda a diferença.

Qual a sua cor? E dependendo da resposta pode-se passar de um mero cidadão sem compromisso e irresponsável a alguém incontestavelmente ético; ou quem sabe de uma cabeça alienada para alguém com grande capacidade de tomar decisões. Exatamente assim. Como num passe de mágica. Nada é uma questão de conhecimento ou de competência, mas uma questão de escolha. Algo do tipo: escolha o partido certo e transforme-se sem ter que mudar nada em você.

Para essa gente que faz esse tipo de política, os imprescindíveis são sempre os inoperantes. E não estão nem aí para a sua dedicação. Para eles você jamais será um bom profissional se não vestir a mesma cor do partido ao qual pertencem.

É por culpa desse analfabetismo político que a expressão "dois pesos e duas medidas" tem ganho cada vez mais espaço nos serviços públicos.

Nem é preciso dizer que já passou da hora de rever esses conceitos ultrapassados e injustos. O tempo não pára e é preciso acompanhar o tempo. Que bom seria se ninguém gozasse de privilégios no trabalho por preferir uma cor à outra, que todos tivessem direitos e deveres a cumprir. Que bom seria se bastasse ser trabalhador e humano, iguais nos sonhos e nas diferenças.




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