sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Medo e mais nada ( por Joel dos Anjos )

“Em comparação com outras profissões que exigem curso superior, a docência ainda ostenta as piores médias salariais.” Isto é o que nos revela o painel de especialistas organizado pela Fundação Victor Civita e a Fundação Carlos Chagas. O estudo foi realizado em novembro do ano passado e reuniu 17 especialistas de diversas áreas da Educação.

Segundo os especialistas o rendimento mensal médio de um dentista é de 3.322 reais; de um advogado, 2.389 reais; de um jornalista, 2.858 reais; de um farmacêutico, 2.212 reais; de um arquiteto, 2.018 reais; de um enfermeiro, 1.751 reais; de um biólogo, 1.719 reais e de um professor 927 reais.

Esse seria, segundo os especialistas, um dos motivos que afastam os melhores alunos do ensino médio da carreira docente. O documento aponta oito caminhos para atrair bons candidatos para atuar em sala de aula. Um deles é propor bons planos de carreira. “União, Estados e Municípios precisam criar caminhos para o docente evoluir sem ter de sair de sala de aula e virar coordenador, diretor ou formador como ocorre hoje.” – Concluem os especialistas.

Na verdade o estudo é um resumo de como tem sobrevivido a educação em todo o Brasil. Mas se você acrescentar a todos os dissabores mostrados pelo estudo realizado pela Fundação Victor Civita perda salarial de 20 dias do mês de agosto de 2009, atraso no pagamento dos vencimentos e atraso no pagamento do terço de férias você terá feito um resumo do caos que se instalou no sistema educacional do município de São José do Campestre – RN.

A administração do futuro, como é chamada a atual administração, parece empenhada em garantir à educação um futuro sem perspectiva, de enganos, incertezas, perdas, medo e mais nada.

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