Cientistas revelaram nesta quarta-feira (1°) que encontraram
a primeira evidência arqueológica sólida de que alguns dos primeiros
colonizadores americanos em Jamestown, na Virgínia, sobreviveram a duras
condições praticando o canibalismo.
Durante anos, havia histórias sobre pessoas nos primeiros
assentamentos ingleses permanentes nos EUA comendo cachorros, gatos, ratos,
cobras e couro de sapato para evitar morrer de fome.
Também há relatos de que eles comiam seus próprios mortos,
mas os arqueólogos costumam ser céticos sobre essas histórias.
Mas agora o Smithsonian's National Museum of Natural History
e arqueólogos de Jamestown anunciaram a descoberta dos ossos de uma garota de
14 anos de idade que mostram claros sinais de que ela foi canibalizada.
“Historiadores se questionavam se isso [o canibalismo] aconteceu ou não”, disse o
antropólogo do museu Douglas Owsley. "E essa é uma evidência muito
convincente de que ocorreu”.
Segundo ele, as evidências indicam “um caso claro de
desmembramento do corpo e remoção dos tecidos para consumo”. Aparentemente a
garota já estava morta no momento em que isso ocorreu.
Os restos mortais da adolescente, que foi batizada de “Jane”
pelos pesquisadores, foram descobertos no verão de 2012. Esses restos foram
encontrados junto com ossos de cavalos e outros animais que, segundo os
cientistas, teriam sido cortados em momentos de desespero.
Owsley afirma que os restos mortais são datados dos anos
1609 e 1610, quando um inverno muito rigoroso em Jamestown ficou conhecido como
“período da fome”. Milhares de pessoas morreram nessa época.
Os restos da garota serão expostos em Jamestown para
explicar as condições horríveis que os primeiros colonos enfrentaram nos EUA.
No museu Smithsonian, os curadores vão mostrar uma
reconstrução da face da menina em uma exposição sobre a vida em Jamestown.
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Fonte: Portal G1
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