Após seis dias consecutivos de julgamento e de várias
medidas protelatórias da defesa, o ex-policial civil Marcos Aparecido dos
Santos, o Bola, foi condenado a 22 anos pelo assassinato da jovem Eliza
Samudio, então com 25 anos de idade, em junho de 2010. Dezenove em regime
fechado e três em aberto, além de 360 dias/multa. E não poderá recorrer em
liberdade. Segundo o Ministério Público (MP), o goleiro Bruno Fernandes
planejou e pagou pela morte de Eliza porque não queria reconhecer a paternidade
de Bruninho, fruto do seu relacionamento com a vítima. Bola teria recebido R$
70 mil pelo crime.
O corpo de jurados, formado por quatro homens de três
mulheres, considerou Bola culpado pelos crimes de homicídio duplamente
qualificado – meio cruel sem possibilidade de defesa – e ocultação de cadáver.
Bruno e Luiz Henrique Romão, o Macarrão, já foram condenados a 22 anos e três
meses e 15 anos de cadeia, respectivamente, em novembro de 2012 e janeiro deste
ano.
Na sua sentença, a juíza Marixa Fabiane Lopes Rodrigues
destacou que o condenado privou a família de Eliza Samudio de um sepultamento
digno ao praticar um crime perfeito de ocultação. Afirmou que Bola teve total
desprezo à vida humana, possui personalidade desviada, além de ser uma pessoa
agressiva e impiedosa. Ainda de acordo com a sentença, o ex-policial executou uma
barbárie planejada, com requintes de crueldade.
— A sociedade ficou perplexa por envolver um conhecido
goleiro à época — destacou a magistrada.
O promotor Henry Wagner Vasconcelos de Castro disse que a
Justiça foi feita. Já o advogado Ércio Quaresma afirmou que vai recorrer da
decisão do tribunal do júri.
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Fonte: Portal G1
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