O coração tirado de um homem morto assassinado 14 anos
atrás, em Campo Grande, transformou a vida de um comerciante que aguardava pelo
transplante do órgão havia um ano e seis meses, impulsionou um romance
inusitado e rompeu o tabu de que o paciente de órgão transplantado tem
sobrevivência limitada e data quase certa para morrer.
O episódio em questão enriqueceria qualquer obra literária
com o propósito de narrar uma história de superação, insistência pela vida e um
raro caso de amor.
Celedino Vieira completaria 40 anos de idade quando
conseguiu substituir seu coração doente por um sadio. O órgão foi tirado do
peito de Adenilson de Souza Batista, então com 26 anos de idade e que havia
sido morto a tiros.
O rapaz era casado com Leila de Oliveira Mendes, de 24 anos,
com quem tinha dois filhos pequenos, Luan e Luana.
Um ano após o transplante, Vieira, já descasado da primeira
mulher, quis conhecer a família do doador e, por “coincidência do destino”,
segundo ele, casou-se com a viúva, assumiu as crianças e até hoje os dois dizem
viver uma “eterna festa”.
Celedino é um dos 19 pacientes que, de 1993 para cá teve o
coração transplantado na Santa da Capital. E um dos raros sobreviventes. “Da
minha turma, de oito transplantados só eu vivo hoje”, disse.
____________
Fonte: Correio do Estado
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Todos os comentários que não contiverem ofensas e termos inadequados serão autorizados.