A presidenta Dilma Rousseff disse hoje (4) que o governo
pretende zerar a lista de famílias que vivem na extrema pobreza até março deste
ano e que a próxima etapa será a busca por pessoas nesta situação que não estão
cadastradas na base de dados dos programas sociais.
“Até março, vamos zerar o nosso cadastro, não vai ter
ninguém abaixo da extrema pobreza. Falta pouco, mas nossas contas estão
incompletas. Temos que ir atrás dos que faltam, sabemos que faltam, tanto na
cidade quanto no campo, e na zona rural ainda têm famílias na extrema pobreza
que não estão cadastradas”, disse em discurso durante o lançamento do Programa
Terra Forte, que vai apoiar empreendimentos produtivos em assentamentos da
reforma agrária.
A presidenta disse que quer contar com a ajuda do Movimento
dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) para identificar famílias que vivem em
situação de extrema pobreza dentro dos assentamentos da reforma agrária.
“Temos de dar a essas pessoas a proteção cidadã que o Brasil
dá, por lei, a todas as famílias que ganham menos de R$ 70 per capita. Uma
nação só é desenvolvida se a gente atinge esse patamar de acabar com a pobreza
extrema”.
Dilma elogiou a experiência da implantação de uma
agroindústria no Assentamento Dorcelina Folador, em Arapongas (PR) – onde o
programa foi lançado – e disse que as políticas para produção em áreas de
reforma agrária têm que ir além da agricultura de subsistência.
“Esta experiência é uma mostra, uma referência de que é
possível um assentado de reforma agrária construir um caminho de agregação de
valor, de aumento de renda, de aumento do emprego e de ampliação de relações
cooperativas que aumentam o nível de produção”, avaliou.
A experiência, segundo a presidenta, será levada a outras
regiões do país por meio do Terra Forte. O programa vai selecionar programas
para receber empréstimos e financiamento. Os R$ 600 milhões de recursos virão
do fundo social do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social
(BNDES), da Fundação Banco do Brasil, do Instituto Nacional de Colonização e Reforma
Agrária (Incra), da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e de uma linha
de crédito de R$ 300 milhões do Banco do Brasil para cooperativas.
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Fonte: Agência Brasil
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