Dezenas de pessoas, em clima de revolta, acompanharam na
manhã desta terça-feira o enterro do estudante João Felipe Eiras de Santana
Bichara, de 6 anos, no Cemitério Recanto da Paz, em Barra do Piraí, no Sul
Fluminense. O menino foi sequestrado na escola e morto dentro de um quarto de
hotel pela manicure Suzana de Oliveira nesta segunda. Parentes e amigos
marcaram uma corrente de oração por João Felipe, o início da tarde, na Praça
Nilo Peçanha, no Centro do município.
De acordo com o delegado José Mário Salomão Omena, titular da
88ª DP (Barra do Piraí), a manicure de 22 anos confessou ter usado uma toalha
molhada para asfixiar João Felipe dentro de um quarto de hotel.
Ela foi presa em flagrante pelo crime de homicídio
qualificado por motivo torpe, meio cruel, emboscada e por ocultação de cadáver.
Na delegacia, Suzana falou ao RJTV: "Eu não agi sozinha".
Ainda na reportagem, o delegado responsável pelo caso disse
acreditar na hipótese de vingança. "Não tem uma lógica matar uma criança
de seis anos de idade a não ser atingir seus pais".
Após o crime, ela pegou um táxi e levou a criança para a sua
casa, onde a despiu e colocou dentro de uma mala. O crime aconteceu por volta
das 14h de segunda-feira.
Acusada era conhecida da família
A manicure, conhecida da família da vítima há três anos,
ligou para a escola onde estudava João e se passou pela sua mãe. Logo depois,
ela parou com um táxi em frente a escola e pediu ao taxista para pegá-lo. O
menino foi levado até o Hotel São Luiz, no Centro da cidade, onde foi morto.
Várias pessoas foram ouvidas ontem pela polícia, como os
taxistas que levaram e trouxeram Suzana do hotel, funcionários da escola, PMs e
recepcionistas do hotel. A família da criança também será ouvida, a fim de esclarecer
a motivação do crime.
Em depoimento, ela apresentou diversas versões para o crime,
entre eles que estaria passando por dificuldades financeiras e pediria resgate
pelo menino.
Outra hipótese levantada é a de crime passional. Populares
revoltados chegaram a cercar a delegacia atrás da acusada.
Após o acionamento, a polícia localizou a acusada e o corpo
da criança em menos de uma hora. A manicure não tem passagem pela polícia. As
investigações revelaram que a ela agiu sozinha durante o crime.
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Fonte: O Dia
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